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julho 10, 2008

"Mea Culpa"_poema, enfim. (conc. ao "Off-Flip"/08)

Mea culpa

Por Marco A. de Araújo Bueno



Pequena multidão, eclética;
Congraçamento cúmplice,
Acolhedor, homogêneo.

De fronte à Matriz, acética,
Jovem estirado num banco
Recobra-se (temporal crise epilética).

Ergue-se do caos; constrangimento;
Disfarça a cicatriz da baba ao lado
De gente alheia a seu momento.

Meus olhos acompanham; acaba
Ali, empático, nosso sofrimento sumido
No meu distanciamento, antiético, assim?

Pois ajeitando cabelo em face pálida,
Por fresta entre vultos e ruído em volta,
Volta e crava os olhos justo em mim.






3 comentários:

Marco Antônio de Araújo Bueno disse...

Oi, Marco Antonio

Adorei o Mea Culpa. Você, realmente, está se aprimorando. Parabéns!

Élide

{Élide é psicóloga, musicista e assina coluna no jornal do Colégio Integral.O que torna esta postagem algo singular é o fato de termos sido colegas do primeiro grau em escola estadual até o último ano da Faculdade de Psicologia da Pucamp.Digamos que se trata de uma avaliação calcionada por uma espécie de acompanhamento...longitudinal, o que muito me orgulha.)

Daniel Serrano disse...

esse poema é muito bom, realmente. deve ser a 37ª vez que eu o leio, mas ainda não acho que foi o suficiente pra apreender-lhe todo o sentido e sonoridade.

Marco Antônio de Araújo Bueno disse...

Lunalva said...
Marco, "um dia escreverá um livro". Tenho que confessar que vc me deixa cheia de dúvidas. Li várias vezes este último postado e fico imaginando o quanto vc sempre esteve muito além, em outro universo, outra linguagem, outro olhar. Muitas vezes me perguntava, Marco saiu do ar, sairá? Mas não, vc sempre esteve em outro lugar.
Vou acompanhar mais de perto. bjo, obrigada por fazer parte do meu caminho.

11:54 PM
{Lunalva Fiuza é psicóloga clínica de orientação junguiana. Neste comentário, postado no wwwaraujobueno.blogspot.com ,o que coloca entre aspas é exatato o que ela dizia para mim nos primeiros anos da faculdade de psicologia que cursamos juntos. Será que ela "intuiu" também que o este poema é de extração onírica? Que fique pública a minha estupefação.}