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janeiro 28, 2010

"SOBRE A EXPLOSÃO NA 'E.H.M."- DESDOBRAMENTOS"

“Sobre a Explosão na “E.H.M.”– Desdobramentos”

Por Marco Antônio de Araújo Bueno


Chamarem de “requentado” esse assunto do acidente ocorrido na “Escola Hibris Mundial”, sinceramente, pouco me importa. Certo ímpeto de humor negro, ao contrário, já me impele a qualificá-lo de “chamuscado” – isso sim –, e me explico: houve, tem havido e é de se esperar que se alastrem desdobramentos tão funestos, que fariam corar toda a corja de “notáveis”, cuja honorabilidade canhestra, hoje, é matéria para carvoeiros: as labaredas destroçaram o arcabouço físico do campus, mas – capricho dos deuses - pouparam a alminha sacana que animava seu extemporâneo prestígio mundial. Toneladas de gigabytes sobreviveram junto aos detritos e eu, envolvido que me achava na ocasião e na condição de vítima sobrevivente, transformá-las-ei em caprichosa história recente valendo-me (que me chamem de posmodernista, pouco se me dá) até dos arcaísmos, das obsolescências mesoclíticas e de todo ferro velho vernacular que lhes provoquem “espécie”.
Pois até do século II ªh. (e que a própria hecatombe não fez submergir) extraí uma expressão belezera que bem qualifica a condição de indigência ética da Escola – “tempos do onça”. Que não me perquiram sobre a etimologia, mas é certo que alude ao anedótico como registro da velha cultura de massas. A “E.H.M” com seus campi espalhados pelo mundo reformado é uma instituição dos tempos do onça, uma ágora estéril e sem estilo, convalescendo de agorafobia (termo que tomo à “P^p” – psiquiatrizações classificatórias pós-cartolagem laboratorial, também do referido século II) e osteoporose pragmática (ossatura conceitual carcomida pela porosidade das investidas multidisciplinares da época). Pois bem, que me inquiram, agora sim - e o que fazia um profissional de linguagem geral perambulando por aquelas bucólicas pastagens no momento em que houve a tal explosão? “Macacos me mordam!”, exclamaria qualquer daqueles ascetas pálidos – Quem é que cora, agora? Onde estavam minhas fidelidades?
Sem constrangimentos (explico depois) de qualquer natureza, apenas um tanto quanto deslocado da ambiência exótica, eu portava um caixilho básico (sou usuário) contendo minha Proposta Reformática Contributiva I, ainda sub-graduada para efeito de renovação de passaporte aos confins do Continente de Suporte – Área 35. Algo suspeito? É que nem imaginam o que andam fazendo profissionais de linguagem geral (os “plg-beta) para quitarem seus créditos junto ao Departamento de Desertificação....Não tinha que me envergonhar; era apenas trocar meu uniforme, tomar as vacinas e uma boa dose de humor sintético, desses genéricos mesmo, de acordo com o poder aquisitivo do meu soldo e o da parteira que me sustentava nesta idade pré-produtiva. E minha idéia era boa: no âmbito contributivo da Sustentabilização, de forma meio difusa, estava subclassificada junto aos biodigestores. Munido de artifícios retóricos de ponta, com muita elegância no jargão e algum cinismo de praxe, lá estava eu com um assuntoso arsenal teórico que se justificava.
Tratava-se da pertinência corporativa, na gestão de dados catalogáveis de amplo espectro, de um aparato catalisador de reciclagem que batizei com toda a pompa de “Biodigestor Cognoscitivo na Assepsia de Dejetos Simbólicos”. Muita parcimônia nos gastos e muitos, muitos elétrons de pura ironia recoberta de retórica de confeiteiro, como concluiu, tácita e afetiva, minha rigorosa parteira. O problema físico das agências de dados, suas instalações nos “currais” dos campi ( só recentemente informatizados “em Declive Ótimo”), já estava equacionado. Como comprimir o material cognitivo residual, menor que fosse, sem por em risco o substrato canônico? Eis minha problematização: um reator de baixo custo aliado a filtro operativo, de tipo isonômico e redutor de ambivalências, baixo capital humano, etc., etc., ora – não era tudo o que desejavam os doutos reitores dos últimos feudos acadêmicos, para“otimizarem” armazenagem?Micro-silos ideativos?
“Tens o básico para propor ao que se requer para o próximo “Examem Sazonalis”, mas cabe adverti-lo – é matéria explosiva! Assim vaticinou minha parteira, prudente e flexível –“(...) terreno minado por veleidades, latinidades... vanitas..., cochichava-me. Mas é sítio perfeito para linguagem. E linguagem explode, esqueceu-se?” Não, estava aí a poética da empreitada e eu tinha sorte de contar com o respaldo de uma neopreceptora ágil que, embora sabendo das propriedades de auto-detecção de paradoxos embutida no meu biodigestor de idéias, houve por bem chancelar a empreitada; talvez por flertar, tímida, com paradoxos, inclusive os de prosódia, o que muito me divertia. A metodologia era automática, bastava acionar o programa. Problemas de revisão conceitual contornados, carente de passaporte, voluntarioso típico do pré-produtivo...parti. Eu e meu caixilho básico com o necessário-suficiente, mais a mais que suficiente pulsão de provocar reações.
Cheguei por água ao local, no meu continente mesmo –Área 12, o que me poupou gastos (não contava com Moedagem) e proficiência em Língua Uni-local; tanto que me distraía com as pernas longas da organizadora bem fornida ao perceber que me restava apenas uma cadeira vazia, e descobri o porquê: havia um teatro de arena em cima do local, como pingüim sobre uma geladeira; o posto onde me sentei arqueava-me os ombros sob um dos lances da arquibancada do teatro; o peso do mundo greco-romano em meu trapézio, nos dois – o Átila corcunda – eu, sem minha parteira, trapezista por pressão; nada parturiente de idéias...optei pelo humor, de cuja pílula, potencializada pelo hormônio do estresse, brotou uma impagável introdução: “A massa da produção cultural do antigo Ocidente não passava, para Sigmund Freud (séc. II) do que este associava à produção fecal, via processo simbólico denominado “Sublimação”. Muito do que um biodigestor POUBLOOMn.



Muito se obrou no período e não havia cisterna bacteriologicamente funcional que operasse como um biodigestor de toda PLOBOWNNMMMMMMnnnnnuffffffffBLAHHH (a explosão!) AQUELA M. ERDA-----MERDA, TEM GENTE FERIDA AQUI TEM GENTE MORTA QUE MERDA É ESSA SEM TUMULTO POR AQUI SEM PASSAGEM ESSA PORRA É CALCÁRIO E GESSO SÓ E MAIS AS VIGAS E TRELIÇAS DESPENCANDO MERDA FOI FAÍSCA IRÔNICA QUE CAUSOU PROTEJAM SUAS CABEÇAS AS CABEÇAS MERDA PROTEJAM PROTEJAM SUAS CABEÇAS TODO MUNDO NO SOLO PROTEJAM OLHOS SEUS OLHOS E CABEÇAS TODO MUNDO CALADO PRA OUVIR FERIDOS GENTE MORTA AQUI ESTE AQUI MORREU{...}Protejam cabeças olhos no solo sem pisar cabeças sem massacrar merda merdaVOU RASGAR AQUI..Desdobramentos? Explico depois...

ILUSTRAÇÂO PARA "SOBRE A EXPLOSÃO..."


janeiro 12, 2010

FIM DA CONEXÃO PAULISTA D'O BULE"!

Perplexo com a deslealdade de um intrahakerismo em texto meu (fundamento do blogue coletivo), ontem, 17:10, retiro-me com minhas postagens (e respectivos comentários de leitores, pelo que me desculpo)desse blogue que alcançou, em dez dias de vida, mais de setenta seguidores, além de propiciar uma verdadeira sabatina pela imprensa escrita (pelo crítico João Nunes, do Caderno C do Correio Popular de Campinas-SP)no que fui seguido pelos colegas Maurício de Almeida (escritor) e Alan Queiroz (artista plástico).Publicarei aqui o conto "Sem Nome" previsto para o próximo número do Projeto Portal.Retornaremos arrastando talentos forjados nos encontros do Sesc, com prosadores, memorialistas, poetas, haikaístas, microcontistas e quejandos da Revista Roda*, breve, muito breve, fotalelecido nas minhas Brevidades literárias. Desconsiderem enlaçes quaisquer de textos meus com o que restou d'O Bule" (Carlos Abreu - sua laboriosa sugestão de nome tãmágico ficou pelo caminho, desencantada; sei que compreenderá), no twetter d'Bule, nos 'restícios' requentados no natimorto blogue coletivo.
Fervido 2010, pois não?!