Navalha na Tarde
O psicanalista e escritor Marco Antônio de Araújo Bueno estréia no Cronópios. Vale conferir.
outubro 30, 2007
Minha estréia no www.cronopios.com.br_30/Out/07
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Ficcionista, psicanalista, prof.de gramática (Escola pública, sétimas séries) e blogueiro literário. Vide meu CV Lattes. Fundador do blogue coletrivo De Chaleira (www.e-chaleira.blogspot.com). Autor do romance sci-fi "Novembro/3001"(no prelo),"Brevidades ao Ponto" e "Tive um Sonho Estranho" Contos nos livros do "Projeto Portal" (2008 a 2010; coord. por Nelson de Oliveira).Criador do Grupo (Facebook) "Breves Motes a Microcontos.
4 comentários:
De: Eustáquio Gomes (eusta@unicamp.br)
Enviada: terça-feira, 30 de outubro de 2007 21:03:04
Para: 'Marco Antônio Araújo Bueno' (cacopsi@hotmail.com)
Marco Antônio, parabéns pelo conto. Muito bom. Abraço,
Eustáquio
Navalha na Tarde, de Marco Antônio Araújo Bueno
Gostei, achei um texto sensorial. Li e marquei algumas frases. Isso de “da mesma forma como irrompiam do nada, ao nada se recolhiam” é muito feliz. Quem já não sentiu a sensação descrita como “quando objetos pessoais perdem a privacidade e excitam a imaginação”? “Agora é só realizar o nada” é a cara do domingo.
(postado por Roberto Moretti - em 4/11/2007
{Do "Café Litrerário" do Cronópios}
Prezado Sr,
Estive a ler vossa belíssima página em Cronópios. Muito me contenta constatar a soberba floração d´um Espírito Artístico. Admiro o teu estro e gostava muito que estreitassemos os fraternos laços que se nos distende a Arte. Tenho um humílimo Blog em www.ubipater.blogspot.com e gostava que o visitasses.
Atenciosamente
Wagner
Comentário sobre “Navalha na Tarde “
“ Navalha na Tarde” revela um espírito conflituoso perdido no labirinto da memória e da auto –análise. Iniciando com fluxo de consciência como um mergulho interior da alma revelado nos vitrais do tédio – metáfora de expressão cubista – representando quadros fragmentos de lembranças da infância. ( No passado – menino – lindo até de ponta cabeça - hoje, homem: a mulher linda ...de ponta cabeça / a barba – o menino de 11 anos queria fazer – ser homem ; hoje – homem que se irrita em fazê-la. Hoje o tédio ( “ tarde sem fim “ ), a náusea do cotidiano acompanha-o até a aversão ( “animosidade à flor da pele” ) , a irritabilidade ( É preciso esperar o ciclone, o turbilhão interior passar).
Embaralhando as cenas cotidianas, mescla-as com o fluxo de consciência produzindo uma sensação de caos, devido à presença dos tempos ( inserindo o passado ao presente ) num só ponto do espaço.
Portanto, fluxo de consciência somado aos problemas de âmbito existencial nas relações humanas. Investigando a si mesmo, quer encontrar o sentido da vida, mas termina na tarde, sabendo que não encontrará a chave, a solução de todos seus problemas essenciais da existência. (ela) Barbear é preciso – (ele) Viver não é preciso.
Quanto à expressão , funde a prosa à poesia ao fazer uso constante de imagens, comparações, anáforas, inversões, repetições, metáforas, etc. Escolhe o caminho insólito da narrativa quase sem ação externa, fazendo uma orquestração sonora com as palavras. Há total acabamento, com múltiplas aberturas para muitos caminhos interpretativos .
Faz da linguagem um instrumento de trabalho – linha experimentalista – revelando uma linguagem altamente poética.
Profa.Mariluci Lopes
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