Obrigado pelo material. Prometo ler e, mais à frente, opinar.
Desejo sucesso em sua missão impossível. Na verdade, nossa. A micronarrativa tem um time grande, não é mesmo?
Abraços.
Wilson Gorj
[Autor de "Sem Contos Longos", do Jornal "Lince" e do site "O Muro"]
Marco Antônio de Araújo Bueno
Caro Wilson, aí vai. Tenho 60 dias para apresentar uma tese
convencional, clássica, com uma aprofundada discussão teórica sobre a
questão dos gêneros literários e mais o "Mil PLatôs" do G. Deleuze,
etc., etc. ; é a forma como a Unicamp, pela figura do prof. convidado
para a banca (representando o IEL - Instituto de EStudos da Linguagem-
o reduto da literatura oficial na universidade) faz valer a questão da
demarcação de territórios do saber. Ora, quem é esse tal de Marco
Araújo Bueno que, da Faculdade de Educação (ainda que da Área 7-
"Educação, conhecimento, Linguagem e Artes") ousa inaugurar estudo
sobre micronarrativa, quando tal espaço ainda nem foi esquadrinhado,
loteado com linhas de pesquisa, dotação de verbas, "especialistas"
indicados, etc., etc.? Pois querem extensão no estudo sobre brevidade,
cerca de 250 pp., formatação careta, e demais quisitos que me
obrigariam a levar esse padadoxo ao extremo, em tempo record. Meu
orientador já está dando sinais de que estarei sozinho (Junho será mês
atribulado para ele) e cabe a mim costurar as conveniências de
disponibilidade de uma banca de pelo menos quatro profs convidados.
Pois bem, falei com Raimundo Carrero (que cito logo de início nos
fragmentos); ele topou de cara.Falei com Olgária Matos (Filosofia da
USP) que, ao vltar do exterior dará resposta. Tudo apontando para uma
"missão impossível". Gostaria que opinasse.
Abração
--
Marco Antônio de Araujo Bueno
CRP/06- 09357 http://lattes.cnpq.br/2942046816514806
4 comentários:
Curti a discussão sobre rimar sim ou não dos nossos eminências pardas - acho a maior graça em não respeitar regra nenhuma, enfim nunca serei erudita nem perfeita nessa língua tão estranha. E além disso me recusa de entrar nesse barco de superioridade, expressada através da língua. Esse estar por fora ou por dentro dos códigos.
Valeu!
Parabéns pelo doutorado do Marco já em 99% conquistado. Isso é errudição até os ossos. Não perco por nada essa festa dos guardiões da literatura verdadeira, se desdobrando sobre os microcontos.
Grande abraço
Susan
Oi, Marco
Surpreendi-me ao ler sua mensagem. Creia, não houve desencontro algum, talvez uma “ burrice ou precipitação” de minha parte. Apenas achei que o seu clube era fechado em “35”. Conclusão: não entendi a brincadeira , apesar de achá-lo bem-humorado, um brincalhão, lembrando-me às vezes a irreverência de O. Andrade ( nos neologismos , mas sem o estilo cubista conseguida através do emprego de metonímias). Amo suas “ tiradas metafóricas”, sua veia satírica, próprias de um escritor que promete muito.
Como pediu para opinar , tentei encontrar num microconto as características do conto .É óbvio que o certo seria lê-los todos para encontrar os denominadores comuns entre eles para caracterizar a existência dessa nova espécie. O meu tempo é curto ( inventário, administração da minha empresa, aulas etc) e fez-me enviá-la assim mesmo. Como ficou exposta à apreciação dos “35” somado à superficialidade da análise e ao “ fora” que cometi, resolvi deletá-la. Veja, opinei sem saber o que realmente vc queria para a defesa da tese.
Sinceramente, acho que vc faz o certo em limitar sua página. Quando abri a minha, pensei em convidar amigos novos para troca de idéias a respeito dos Sistemas de Ensino atuais , vendidos a preço alto , mas se apresentando carentes de didática e de conteúdo . Veja: temos controle de qualidade dos nossos produtos e esses Sistemas vendem produtos de baixa qualidade... Tenho material próprio que se apresentou mais receptivo aos alunos e conseguindo melhores resultados. Bom, deixemos isso de lado e voltemos ao Orkut. Os alunos descobriram já na primeira semana e começaram add . Como negar? Encontrei-me num beco sem saída e assim a página virou um ponto de encontro até de cânticos religiosos rsrsrs . Além da privacidade nota zero. Aproveitando o gancho, alunos do 3º col. e do Cursinho :” Quem é Marco Antônio? Falei de vc: um escritor inteligente, sagaz, inovador, defendendo tese.
Se é que entendi, pois, no momento , lia seu recado e falava ao telefone e zás... sumiu. Seria hipocrisia dizer que isso não me aborreceu, mas não foi com vc , foi comigo por não ter lido com atenção.
O que sei sobre gênero é o que aplico em sala de aula. Li muito a respeito desse assunto para um Concurso ( caiu na Redação, obtive nota 9.0 , a maior do Estado, e fui a primeira a escolher o cargo ) . É, Marco, vc viajará na História dos gêneros literários: Platão, Aristóteles, Horácio, Benedetto Croce, Staiger, Lukács, Jakobson....chegará ao século XIX e XX com a crise e a metamorfose do romance moderno ( Proust, V. Woolf, J. Joyce ) o nouveau-roman etc. E terá que se debruçar sobre a estrutura narrativa , a evolução do romance seguindo o estilo de cada época (Zeitgeist) , as características do fluxo de consciência, das narrativas epifânicas, anticlímax etc. Caminhando a história dos gêneros, assistirá às polêmicas que sempre existiram e existirão entre conservadores e inovadores . Os primeiros sempre se mostrarão resistentes às novidades. Faz parte do jogo.
Poxa! Estou querendo ensinar padre-nosso a vigário! E vc deve ter a bibliografia indicada pelo seu orientador. Acredito que pouco posso colaborar, já que faz um bom tempo que não me aprofundo nesse assunto.
Como vc indicou, li “ Navalha na tarde”. Utilizou técnicas moderníssimas de montagem. Lindo! Perfeito, na minha opinião. Isso se aplica ao escritor: “ Vc é lindo até de ponta cabeça.”
Felicidades!
Mariluci Lopes
Li seu material e gostei. O número de páginas não é um fator importante: o que importa é a tese.
Einstein fez uma belíssima tese com E= mc2....
Está boa a proposta. Se tivesse tempo, de suplente gostaria de ser titular.... mas preciso priorizar: tenho a instalação de dois cursos de graduação a distância para cuidar e irei trabalhar, logo após o vestibular, com um grupo de psicanalistas de Buenos Aires. Desejo muita luz para vc, pois competência vc tem!
Regina
Meu caro Marco Antônio, fico satisfeito pelo teu interesse no miniconto, que desde os anos 70 venho escrevendo e divulgando - no início ninguém acreditava na forma como narrativa de respeito, e também é importante lembrar que o Trevisan só aderiu à forma nos anos 90 -, e vejo agora, com alegria, o interesse crescente no gênero. Gostaria muito de cooperar no que fosse possível, mas é que acabei de chegar ontem, de um longa viagem a Alemanha, e podes imaginar que tomar pé de todas as atividades, trabalho, livros, etc...me deixam com o tempo bastante limitado. No entanto, o Gorj já mandou o prefácio do livro do Setti onde digo sucintamente o que penso sobre o miniconto. Há também, acessível pelo Google, outras entrevistas e uma participação em artigos do Marcelo Spalding - que também está fazendo uma tese sobre o miniconto na URGS. Acredito que seja a melhor maneira e mais rápida de teres acesso ao que pretendes. Na semana que vem, ac redito que estarei mais livre e aí poderemos conversar de novo.
Boa sorte e sucesso no empreendimento. Abraço. Degrazia
26/06/08
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