“Incidente...”
Por Marco Antônio de Araújo Bueno
(Mote: malvadeza com um animal *)
O disco era novo,
Chang, não – era de casa,
Plantado no chão da casa.
Ouvia o meu disco, voava,
E Chang, plantado nas patas,
Parecia que voava também.
E nem notei o ruído, além,
Que levou Chang em disparada
Atropelando o fio do aparelho no chão.
O fio que me ligava a Chang
Rompeu-se. Nesse dia viu-se:
Pequinês voando por sobre um portão.
(Por tão pouco, cachorro voava...)
* Poema produzido, em dez minutos, na vivência-oficina com o poeta Fabrício Carpinejar (de excelentes recursos metodológico-teatrais),
questionado em seus méritos de verossimilhança e antecedentes objetivos da ação proposta pelo mote (“a escada”), momentos depois, categorizada como desnecessária...
{SESC- Campinas, em 26/05/07}. Parabenizo a iniciativa e questiono o histrionismo que se prevaleça de “a priores” subjetivos e provoque constrangimentos estéreis.É.
maio 26, 2009
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4 comentários:
é ainda bem melhor lendo-se. ótimo mesmo
Postado por Daniel Serrano no blog Marco, da Literatura? em 10:07 PM
poxa! em dez minutos!
Seu doido de humor mais negro que a asa da graúna, já te disse que deveria escrever mais poemas?
Fez-me rir e, nem sei se você gosta de comparações, mas mesmo assim: lembrei-me de uma passagem de "O Idiota", de Dostoiévski, em que um poodle é jogado pela janela de um trem em movimento. A passagem é hilária, aliás, uma das minhas favoritas em se tratando do humor dostoievskiano.
Palpitando: coloca no Gengibre!
eu já tinha lido, comentado, e nem lembrava! que absurdo!
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